segunda-feira, novembro 29, 2004

..::Commuters::..

No metro por entre vozes desconhecidas e rostos fugidios, a azáfama de chegar ao destino é notória na persona vulgar dos tempos modernos.
É no meio de tal reboliço, que os poucos tempos que temos são à espera da próxima carruagem.... ou para aqueles que sem querer reparam na cidade viva, em constante troca e movimento, podem ser de intensa e rica observação ::...

com isto quero dizer que as pessoas não notam os pequenos pormenores que deixam escapar de si próprios, assim como tentam não notar que por entre os vidros do metro se povoam reflexos uns dos outros....

é muito curioso como num espaço tão pequeno a troca de olhares seja tão incansávelmente incomodativa, e por vezes a curiosidade é tal que para não se olhar olhos nos olhos, utiliza-se um artifício ( como tudo na vida) que é o célebre reflexo nos vidros da carruagem.

se quiserem saber o que se espreita para lá do espaço físico onde estamos encerrados pequenos trechos de minuto, minuto e meio, experimentem procurar o olhar dos outros nos VidroS.


3 Comments:

At 7:16 da tarde, Blogger rena said...

não se vê nada, realmente é verdade. talvez por que somos forçados a olhar sem vontade. não podemos ir o caminho todo de olhos fechados, então acabamos por olhar vagamente a massa difusa de gente...

 
At 7:50 da tarde, Blogger Eo said...

Curioso, eu penso o contrário. No metro acho que se olha pouco mas que se vê muito. Mas pronto, talvez pense isto porque eu sou assim, uso muito o reflexo dos vidros para ver e apanho também muitos a fazerem o mesmo.

 
At 1:55 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Eu olho directamente e vejo muita coisa!!
Observo gestos, posturas, atitudes, comportamentos e feições das pessoas... gosto de observar e imaginar o que as pessoas pensam ou o que fazem na vida, qual será a sua vida...

Ainda bem que ando pouco de metro, ou não tinha memória para tanto rosto e expressão.... hehehe :D

 

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